LUIZ BRAGA
Belém, Pará, Brasil, 1956. Vive e trabalha em Belém.
Representante do pavilhão brasileiro na 53ª Bienal de Veneza em 2009, e vencedor de vários prêmios como o Leopold Godowsky Jr. Color Photography, Nikon Photo Contest International e o Prêmio Marcantonio Vilaça, Luiz Braga desenvolve sua obra como uma espécie de diário fotográfico da paisagem e da vida amazônica, com foco especial na apreensão da vida cotidiana e simbólica de seus habitantes, bem como nos contrastes e nas interseções entre a paisagem natural, humana e arquitetônica.
Ao conceber um corpo de trabalho que está localizado entre um tipo de documentação quase antropológico e uma fotografia muitas vezes no próxima da abstração, Braga evita uma visão estereotipada e superficial própria os discursos externos frequentemente criados e promovidos sobre a Amazônia e suas pessoas.
Uma das principais estratégias do artista para evitar uma apreensão previsível dessa realidade é a forma como ele captura a luz característica do sol equatorial e como realça as nuances cromáticas característica do ambiente urbano dos portos, feiras e distritos periféricos das cidades amazônicas. Este método pessoal é muito diferente da luz suave e idílica da ideia de trópicos que parece iluminar as imagens disseminadas sobre a região. A extensa pesquisa do artista sobre as possibilidades cromáticas que emergem do conflito entre a luz natural e artificial permitiu-lhe criar composições marcadas por matizes e tons intensos e vigorosos.
O seu trabalho integra coleções tais como: Pérez Art Museum, Miami, EUA; Photographic Resource Center at Boston University, Boston, EUA; Statoil Art Collection, Oslo, Noruega; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil; Museu de Arte Contemporânea da USP – MAC/USP, São Paulo, Brasil; MASP (Coleção Pirelli/ MASP de Fotografia), São Paulo, Brasil; Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM, São Paulo, Brasil, entre outras.